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- Title
Fratura sagital incompleta de terceiro metacarpiano em equino Puro Sangue de Corrida.
- Authors
Soletti, Arthur; Siqueira Raimundo, Bruna Patrícia; de Oliveira Veiga, Carlos Eduardo M.; Acerbi Pinto, Vitor; Ferreira Abreu, Mariana; Fernandes Dias, Rhamana Dias; Shirlan de Araujo, Agildo; Câmara de Freitas, Bernardo
- Abstract
As fraturas incompletas de terceiro metacarpiano são de baixa incidência em equinos de corrida e estão geralmente relacionados com fraturas por estresse prévias, devido às altas cargas de flexão e forças rotacionais. Os sinais clínicos mais comuns envolvem claudicação de moderada à severa. Na minoria dos casos o diagnóstico é feito unicamente através do exame radiográfico, sendo necessários outros exames complementares de imagem como a ressonância magnética e a cintilografia, fornecendo um diagnóstico precoce da lesão. O tratamento descrito para fraturas incompletas de terceiro metacarpiano variam, podendo ser conservativos ou cirúrgicos. O presente trabalho objetiva descrever o caso de uma fratura incompleta de terceiro metacarpiano em um equino, macho, Puro Sangue de Corrida, de 6 anos, encaminhado para a clínica Horse Center apresentando claudicação grau 4/5 (AAEP - American Association of Equine Practitioners). O diagnóstico se deu por meio de exame radiográfico, no entanto, o animal também foi submetido à ressonância magnética para avaliar a extensão da fratura e a possibilidade de realização da correção cirúrgica. Devido à extensão da lesão, optou-se pelo tratamento cirúrgico, que foi realizado com o animal em estação. Para isso, o animal foi sedado com agonistas alfa 2 adrenérgicos e realizou-se bloqueio perineural dos nervos ulnar e radial. Inicialmente, foram colocados dois parafusos de 4,5 mm corticais de compressão óssea na região proximal do terceiro metacarpiano, no seu aspecto dorso-medial. Na sequência foram realizadas duas incisões de pele, uma distal e outra proximal, passando um dispositivo que abre uma passagem subcutânea para a colocação da placa de tipo LCP, tornando o método minimamente invasivo. Após estar na localização correta, foram realizadas as incisões de pele em cada um dos seus sete furos para a colocação dos parafusos corticais no centro e bloqueados em cada extremidade da placa. Por fim, a dermorrafia foi realizada com fio Nylon 2-0 em padrão sultan. No período pós-operatório, prescreveuse terapia antibiótica com associação de penicilinas (22.000 UI/kg) por 5 dias e gentamicina (6,6 mg/Kg) por 4 dias. O animal deverá permanecer em repouso por 60 dias e será realizada avaliação clínica para possível retirada da placa e retorno ao exercício. O procedimento em estação possui como vantagens evitar os riscos da anestesia geral, evitar lesões durante a recuperação e reduzir o tempo de cirurgia e consequente custo da cirurgia. Apesar de incomuns, existem possíveis complicações pós-operatórias como osteomielite, não união óssea e até mesmo complicações maiores, tais quais laminite e colite. As fraturas sagitais incompletas devem ser consideradas como um diagnóstico diferencial em equinos de corrida em treinamento, com claudicação súbita de origem no terceiro metacarpiano, devendo ser avaliadas radiograficamente e, caso necessário, através de métodos complementares como a ressonância magnética, para a escolha da melhor forma de tratamento.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p259
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article