We found a match
Your institution may have access to this item. Find your institution then sign in to continue.
- Title
Ressonância magnética como método diagnóstico precoce de préfratura em cavalo de corrida.
- Authors
Ferreira Abreu, Mariana; Siqueira Raimundo, Bruna Patrícia; M. O. Veiga, Carlos Eduardo; Acerbi Pinto, Vitor; Fischer Scholl, Ygor; Shirlan de Araujo, Agildo; Fernandes Dias, Rhamana Dias; Soletti, Arthur; Câmara de Freitas, Bernardo
- Abstract
Pré-fraturas são lesões comumente encontradas em animais jovens, que iniciam a vida esportiva de forma precoce. Geralmente são casos de animais que demonstram leve grau de claudicação, podendo ter resposta positiva ou não aos bloqueios perineurais e sem alterações radiográficas e/ou ultrassonográficas. Caracterizam-se por um processo subagudo de doença osteocondral palmar com áreas de edema ósseo. O exame de ressonância magnética surge como um dos principais meios de diagnóstico para lesões do aparelho locomotor e o único que possibilita o diagnóstico precoce de pré-fraturas, evitando assim a ocorrência de lesões mais graves ou fraturas completas. Esse trabalho tem como objetivo relatar o caso de um cavalo da raça Puro Sangue Inglês, 3 anos de idade, que apresentava claudicação intermitente do membro torácico esquerdo grau 2 (AEEP), teste de pinça negativo e analgesia diagnóstica dos nervos palmares e metacarpianos palmares positiva. O exame radiográfico não apresentou nenhuma alteração. Devido ao diagnóstico inconclusivo, o animal foi encaminhado para exame de ressonância magnética da região do boleto, que foi realizado com o animal em estação, sob sedação de alfa-2 agonista (Detomidina®). O exame apresentou esclerose no aspecto dorsoproximal da primeira falange, que se caracteriza por áreas de hipointensidade nas sequências T1W e T2*W, com sinal de fluido ósseo no aspecto dorsoproximal da primeira falange, o qual pode ser identificado pela presença de uma área com hiperintensidade nas sequências STIR. Além disso, apresentou esclerose no aspecto dorsal do côndilo do metacarpo em T1W e T2*W. Esses achados de imagem são compatíveis com região de pré-fratura da primeira falange. Devido à chance de agravamento da lesão, que poderia se tornar uma fratura completa, recomendou-se tratamento conservativo, mantendo o animal em repouso por seis semanas, podendo serem realizadas caminhadas leves de 10 minutos por dia. Após este período, o animal poderia ser solto em piquete pequeno por mais 6 semanas. Com 12 semanas, o animal passaria por reavaliação e decisão do retorno gradual ao exercício. A ressonância magnética se sobressai em relação a outros métodos de diagnóstico por imagem, uma vez que é o único exame capaz de identificar áreas de edema ósseo e fluido, possibilitando a identificação precoce de áreas de pré-fratura, o que o torna um exame preventivo de leões mais graves, facilitando o tratamento conservativo e, consequentemente, ajudando no rápido retorno do animal às atividades esportivas.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p339
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article