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- Title
Uso da ressonância magnética como auxílio ao diagnóstico de ruptura do tendão flexor digital profundo e luxação da articulação interfalangeana distal.
- Authors
Acerbi Pinto, Vitor; Siqueira Raimundo, Bruna Patrícia; de Oliveira Veiga, Carlos Eduardo M.; Fischer Scholl, Ygor; Ferreira Abreu, Mariana; Fernandes Dias, Rhamana Dias; Shirlan de Araujo, Agildo; Soletti, Arthur; Câmara de Freitas, Bernardo
- Abstract
A ressonância magnética (RM) é de extrema importância para o diagnóstico preciso das afecções do sistema locomotor dos equinos, principalmente na região de casco. As informações obtidas no exame são valiosas não só em termos de diagnóstico, mas principalmente no prognóstico e na escolha do tratamento. A ruptura e lesões dos tendões flexores geralmente estão associados a traumas, ferimentos e outros fatores como a conformação, idade do animal, nível de treinamento e casqueamento. O tendão flexor digital profundo (TFDP) tem a função de impedir a extensão extrema da terceira falange e permitir a flexão do membro. Quando há ruptura desta estrutura, dependendo do grau de comprometimento, ocorre a elevação da pinça do casco e rebaixamento do boleto ou pode acontecer uma subluxação da articulação interfalangeana distal. Um cavalo da raça Sela Belga, da modalidade de salto, 15 anos, com histórico de claudicação grau 4/5 do membro torácico direito (MTD) por aproximadamente 70 dias, apresentava melhora de 100% da claudicação após bloqueio abaxial do sesamóide. Ao exame radiográfico era possível observar calcificação de cartilagem alar, osteoartrite na articulação interfalangeana proximal e uma imagem sugestiva de fratura do processo extensor. Por não apresentar melhora no quadro clínico após o tratamento com antiinflamatório e ácido tilurônico, o animal foi encaminhado para exame de RM do casco e quartela do MTD, o qual foi realizado com o animal em estação, sob sedação com xilazina e detomidina. Observou-se no RM, nas sequências nos cortes transversal e sagital, ruptura com retração do TFDP que se estendia da região da inserção da porção distal da terceira falange à região suprasesamoidiana navicular, além de fluido severo no osso navicular observado na sequência STIR, demonstrando tratar-se de uma lesão aguda. Devido ao risco de ocorrer elevação da pinça do casco, rebaixamento do boleto e desestabilização da articulação interfalangeana distal que já se apresentava subluxada, recomendou-se a aposentadoria do animal com restrição de movimento, devendo ser mantido em baia. A RM se sobrepõe às outras modalidades de imagem por detectar mudanças em nível molecular, além de ser a única a detectar fluido ósseo, sendo assim possível avaliar todas as estruturas de uma determinada região e fornecer informações anatomicamente específicas. O exame de RM não substitui a necessidade de um exame locomotor completo, incluindo os bloqueios perineurais, a fim de definir o local da lesão e a região a ser avaliada. No presente relato, o exame ultrassonográfico confirmou a RM e, juntos, deram uma caracterização mais específica da lesão e definição do prognóstico.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p374
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article