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- Title
Estudo da correlação entre os escores de claudicação e a avaliação da concentração sinovial de prostaglandina E2 e do exame ultrassonográfico na osteoartrite experimental de equinos.
- Authors
França Pinheiro, Yasmim; Miluzzi Yamada, Ana Lúcia; Valero Fiorin, Éliti; de Oliveira Cota, Letícia; do Prado Vendruscolo, Cynthia; David Spagnolo, Julio; Pereira Rodrigues, Nubia Nayara; Anadão Tokawa, Paula Keiko; Arantes Baccarin, Raquel Yvonne; Lopes Correia da Silva, Luis Claudio
- Abstract
A osteoartrite é uma condição frequente em cavalos, podendo resultar em incapacidade física, caracterizada por processo inflamatório que leva à degeneração progressiva da cartilagem articular. Em cavalos atletas, a osteoartrite pode causar graus diversos de claudicação e, em estágios mais avançados, leva ao grave remodelamento ósseo e redução drástica da função articular. O objetivo deste estudo foi correlacionar as variações observadas nas concentrações da prostaglandina E2 (PGE2), um biomarcador sinovial de inflamação, com resultados obtidos em exames de imagem ultrassonográficas e escores de claudicação, em cavalos portadores de osteoartrite experimental. Para isso, foram utilizados oito equinos, submetidos à cirurgia artroscópica para a indução de osteoartrite (T0), nas articulações metacarpofalangeanas esquerdas, por meio de ranhuras condrais. Os cavalos foram avaliados em oito momentos, com intervalos de cinco dias (de T0 a T7), até 35 dias pós-artroscopia. Nesses momentos (T0 até T7), os escores de claudicação foram obtidos com o equipamento Lameness Locator® e software correspondente (Q-scores); a avaliação ultrassonográfica foi realizada através de pontuações de parâmetros predefinidos onde, quanto maior a pontuação, pior a condição articular; e a concentração sinovial de PGE2 foi realizada por meio de teste imunoenzimático. A correlação entre esses parâmetros foi calculada pelo método não paramétrico do coeficiente de correlação de Spearman. Após a indução da osteoartrite, foi demonstrada elevação dos escores de claudicação (Q-scores), principalmente entre T1 e T3, com diferença entre os momentos (p < 0,001). Da mesma forma, as pontuações da avaliação ultrassonográfica se elevam de T1 até T5 (p-valor entre momentos < 0,001). Foram demonstrados os maiores valores das concentrações de PGE2 entre T0 e T1, seguido de decréscimo gradual até T7. Observou-se correlação positiva entre os Q-scores e a concentração de PGE2 (correlação de 0,45 e p < 0,001); e, da mesma forma, entre os Q-scores e a pontuação da avaliação ultrassonográfica (correlação de 0,40 e p < 0,001). Assim, durante o acompanhamento da osteoartrite experimental, a elevação dos escores de claudicação apresentada pelos animais é acompanhada pela elevação na concentração de PGE2 logo após a indução da lesão condral, sendo que a redução da PGE2, observada após T2, também é acompanhada pela redução da claudicação, mas apenas após T3. Por fim, observou-se que as pontuações do exame ultrassonográfico apresentam uma redução tardia, apenas após T5, e não se correlacionam positivamente com as concentrações de PGE2 (p = 0,218). Os achados e correlações entre parâmetros clínicos, de imagem e laboratoriais são essenciais para o estudo do comportamento e para o adequado entendimento da progressão da osteoartrite, incrementando os resultados das pesquisas em artropatias degenerativas. Essa correlação pode ser útil na avaliação de tratamentos e no acompanhamento do animal portador da doença.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2023, Vol 21, p50
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article