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- Title
Tratamento de sarcoide equino por implante autólogo: estudo retrospectivo HOVET - USP Pirassununga (2020 - 2023).
- Authors
Tavares da Cunha, Cibele Cristina; Fernandes Sanchez, Victoria; Troitino Seidner, Júlia; Mendonça de Carvalho, Laura; Vieira Dumas, Juliana; de Oliveira Almeida, Mariana; dos Santos Oliveira, Brenda Valéria; Maria Barreira, Julia; Ribeiro Cabral Noso, Luciana Doria; Alves Ferreira, Marília; Salles Brito, Pedro Henrique; Sampaio Dória, Renata Gebara
- Abstract
O sarcoide equino é a neoplasia cutânea mais comum na equideocultura. Esta neoplasia não apresenta poder metastático, porém tem natureza infiltrativa e, raramente, apresenta remissão espontânea. O advento do implante autólogo surge em meio às características intrínsecas do sarcoide: sua ampla prevalência, suposta etiologia viral, localização, o que torna dificultosa a remoção cirúrgica, e ausência de resposta aos mais diversos tratamentos clínicos. O presente trabalho avaliou a incidência de sarcoide durante os anos de 2020 e 2023 no Hospital Veterinário (HOVET) da USP de Pirassununga e o resultado do tratamento com autoimplante. Neste período, 521 equinos foram atendidos no setor de equinos, dos quais sete (1,34% do total e 33,34% das dermatopatias) foram diagnosticados por exame histopatológico como sarcoide, em diferentes regiões do corpo. Embora haja a probabilidade de ocorrência em qualquer parte do corpo do animal, o local de maior acometimento nos equinos atendidos no HOVET foi a pálpebra (67%), seguida pelos lábios (11%), coxa (11%) e pescoço (11%), sugerindo que as pálpebras possam ser mais suscetíveis. Todos os animais diagnosticados foram submetidos à excisão cirúrgica do tumor, em conjunto com a técnica de implante autólogo. Para isso, após remoção da neoplasia, realizou-se tricotomia de quatro áreas, de 5 cm por 5 cm cada, em região de tábua de pescoço e, em cada local escolhido, foi implantado, no tecido subcutâneo divulsionado, um fragmento de 1 cm3 do tecido do sarcóide removido. Antes de realizar o implante, cada fragmento neoplásico foi congelado em nitrogênio líquido por 3 minutos e, logo após, descongelado em solução fisiológica 0,9%, por mais 3 minutos. Este processo foi repetido três vezes por fragmento. Realizado o implante, procedeu-se a síntese da pele com padrão simples separado, utilizando o fio de Nylon n° 0, protegendo o autoimplante. Foram observadas reações teciduais no pós-operatório de alguns animais, como a formação de pequenos abscessos na região do implante, e em um houve um caso de deiscência da sutura, cicatrizando por segunda intenção. Todos os animais apresentaram cura, sendo que nenhum animal apresentou recidiva da afecção, sendo a taxa de sucesso 100%, o que permite concluir que o implante autólogo, associado à remoção cirúrgica, é uma técnica com bons resultados, de fácil execução e com poucas complicações.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2023, Vol 21, p72
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article