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- Title
Analgesia comparada entre firocoxibe e meloxicam após biópsia lamelar em potros: parâmetros qualitativos.
- Authors
Caixeta Winter, Isabella; Barbosa de Lima, Jorge Tiburcio; Hasen Silva, Thaisa; Brandão Machado, Ingrid; Pinho Neto, Antônio Catunda; Antunes Dias, Lucas; Oliveira Silva, Mariana; Eduardo de Magalhães, Hítallo; Dias Lima, Sávio Henrique; Grossi de Sousa, Pamella; Silveira Raposo, Vinicius; Gonzaga Jayme, Diogo; Resende Faleiros, Rafael
- Abstract
Controle álgico e modulação inflamatória são etapas fundamentais do pós-operatório de equinos. Para isso, os principais fármacos utilizados são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), que atuam na inibição das vias enzimáticas da ciclooxigenase (COX). Sabe-se que AINES seletivos para COX-2 possuem menos efeitos colaterais, condição especialmente importante em animais jovens, mais suscetíveis aos efeitos ulcerogênicos na mucosa gástrica. Em potros, poucos trabalhos avaliaram a ação do firocoxibe, COX-2 seletivo mais moderno, principalmente no que concerne a eficácia do controle álgico. Assim, a hipótese foi que firocoxibe oral é tão efetivo quanto meloxicam intravenoso para controle álgico pós-operatório em potros. O objetivo foi realizar um estudo comparativo entre dois AINEs com ação inibitória sobre COX-2, um preferencial (meloxicam) e outro seletivo (firocoxibe), por meio da análise qualitativa do efeito analgésico empregando quatro diferentes métodos de ranqueamento. Após sedação, bloqueio perineural e antissepsia local, 19 potros Mangalarga Marchador com 6-8 meses foram submetidos à biópsia do tecido lamelar do casco do membro torácico direito. Sob delineamento em blocos ao acaso, o grupo meloxicam (GM; n = 9) recebeu 0,6 mg/kg (IV, SID) imediatamente após o procedimento e por mais 4 dias consecutivos. Para o grupo firocoxibe (GF; n = 10), foi administrado 0,3 mg/kg (PO) no 1° dia, com posterior redução para 0,1 mg/kg (SID) nos demais dias supracitados. Todos receberam profilaxia antitetânica e antibioticoterapia. Antes da biópsia (T0) e nos 5 dias subsequentes (T1 - T5), os animais foram avaliados por um avaliador cego no estudo quanto ao grau de claudicação e escores de dor pelas escalas Composite Pain Scale (CPS), Equine Utrecht University Scale for Facial Pain Assessment for Foals e Horse Grimace Pain Scale. Os dados foram submetidos ao teste Mann-Whitney para comparação de grupos entre cada tempo e aos testes Friedman e Dunn para tempos em cada grupo (p = 0,05). Não houve diferença entre grupos para nenhuma das variáveis avaliadas. Na comparação entre tempos, ambos os grupos apresentaram aumento significativo e esperado da claudicação em T1, mantendo-se estável ao longo do tempo. Independentemente do fármaco, a escala CPS evidenciou maior escore em T1, retornando a níveis similares ao basal T0 nos dias subsequentes. As demais escalas não apresentaram diferenças entre os tempos avaliados. Não houve alteração significativa nas variáveis analisadas em T5, tempo sem anti-inflamatório para a maioria dos animais, exceto dois potros do GM que necessitaram dose adicional. Destaca-se a eficácia analgésica do firocoxibe nessa faixa etária de equinos. Em conclusão, os achados corroboram a hipótese de que o firocoxibe é tão eficiente quanto o meloxicam no controle da dor pós-operatória de potros, com vantagem de maior praticidade e segurança de sua aplicação por via oral e de sua maior especificidade para a inibição da enzima COX2.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p18
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article