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- Title
Estudo comparativo de diferentes modalidades de imagem de cavalo com desmopatia na região proximal do ligamento suspensório do boleto e entesopatia.
- Authors
Siqueira Raimundo, Bruna Patrícia; de Oliveira Veiga, Carlos Eduardo M.; Acerbi Pinto, Vitor; Ferreira Abreu, Mariana; Dias Fernandes Dias, Rhamana; Shirlan de Araujo, Agildo; Soletti, Arthur; Câmara de Freitas, Bernardo; Drumond, Bianca
- Abstract
Desmopatia na região proximal do ligamento suspensório do boleto e entesopatia/exostose na junção entre o II/IV metacarpianos/metatarsianos apresentam diferentes abordagens clínicas e diferentes métodos de imagem podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico. Um cavalo de salto da raça Holsteiner, macho, de 14 anos de idade, foi encaminhado à Horse Center para exame de cintigrafia. O animal apresentava claudicação intermitente do membro pélvico esquerdo havia alguns anos. Duas semanas antes da realização do exame, apresentou claudicação aguda, com grande sensibilidade à palpação no aspecto plantar proximal do terceiro metatarsiano. No trote em linha reta, apresentava claudicação grau 2/5 no membro pélvico esquerdo. O exame ultrassonográfico revelou uma desmopatia bilateral do ligamento suspensório, com indicação de cintigrafia e ressonância magnética para determinar o prognóstico e a extensão da lesão. A cintigrafia revelou uma hiperconcentração focal intensa de radiofármaco no aspecto plantar, entre o quarto e terceiro metatarsianos no membro pélvico esquerdo, na fase de pool e hiperconcentração muito intensa na fase óssea. A ressonância magnética revelou desmopatia crônica em fase aguda do ligamento suspensório no lobo lateral do membro pélvico esquerdo com lesão traumática do ligamento interósseo, com presença de tecido periligamentar proliferativo e fluido nessa região. No membro pélvico direito, revelou desmopatia crônica leve. Essas lesões são distintas e apresentam abordagem clínica diferente. Se há suspeita de lesão no ligamento suspensório e a claudicação é leve, pode-se considerar que houve um leve "estiramento". Se a claudicação é moderada, pode-se considerar que houve uma lesão; e maior que três normalmente significa que houve uma lesão severa envolvendo o osso. Se o paciente apresentar dor à palpação no exame físico, indica-se exame radiográfico e ultrassonográfico. Se os achados forem negativos e não for possível realizar uma cintigrafia, recomenda-se repouso com caminhadas diárias durante dois meses e avaliação após esse período. Em caso de alterações radiográficas, o tempo de convalescência deverá ser de pelo menos três meses. Em caso de alterações ultrassonográficas no ligamento, o tempo total de convalescência deverá ser de 6 a 12 meses. Se o exame de cintigrafia está disponível e revela uma intensa hiperconcentração associada com o aspecto palmar/plantar do metacarpo/metatarso, isso implica em lesão ao ligamento e demanda uma maior convalescência, e uma hiperconcentração leve implica em um estiramento, requerendo menor tempo fora de treinamento. Hiperconcentração intensa na junção do II ou IV metatarsianos está associada com menor período de tratamento e prognóstico favorável, caracterizando uma entesopatia/exostose difícil de ser diagnosticada com a ultrassonografia. No caso clínico em questão, o animal apresentou as duas alterações, sendo possível o diagnóstico devido a um exame clínico bem realizado e ao advento das diferentes tecnologias de imagem. Nesse caso, a cintigrafia revelou lesão aguda na junção do quarto metatarsiano, enquanto a ressonância confirmou os achados da ultrassonografia e corroborou a cintigrafia, com uma caracterização mais específica da lesão.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p243
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article