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- Title
Artrodese metacarpofalangeana bilateral em equino, realizada em tempos operatórios distintos.
- Authors
Manara Caceres, Amanda; Fernando de Souza, Anderson; Poltronieri dos Santos, Thais; Camarotti, Manuella; Rodrigues Agreste, Fernanda; David Spagnolo, Julio; do Valle de Zoppa, Andre Luis
- Abstract
A articulação metacarpo/metatarsolagangeana é sede frequente de diversas afecções, que podem levar a processos degenerativos e que podem não responder ao tratamento conservador. Nestes casos, a realização da artrodese torna-se uma opção para alívio da dor e manutenção da qualidade de vida. O objetivo desse trabalho é descrever um caso de artrodese metacarpofalangeana bilateral em égua diagnosticada com osteartrite grave. Foi atendida no Hospital Veterinário da FMVZ/USP uma égua Mangalarga Marchador, com cinco 5 de idade e histórico de claudicação havia um ano, não responsiva ao tratamento clínico. Ao exame físico, observou-se claudicação 4/5 do membro torácico esquerdo (MTE) e direito (MTD) e incapacidade de flexão da articulação do boleto, em ambos os membros. O exame radiográfico revelou intensa proliferação óssea periarticular, colapso da interlinha radiográfica com esclerose subcondral, com maior gravidade no aspecto medial, em ambos os membros, sendo o MTE mais afetado. A artrodese bilateral foi indicada. Primeiramente a intervenção foi realizada em MTE. Sob anestesia geral inalatória, em decúbito lateral direito, a fixação cirúrgica da articulação metacarpofalangeana foi realizada seguindo a técnica padrão, utilizando placa de compressão bloqueada (locking compression plate - LCP) larga de 4,5 mm, com onze orifícios e dois parafusos transarticulares em compressão de 4,5 mm. A imobilização rígida externa foi aplicada no pós-cirúrgico imediato. Como tratamento pós-operatório, utilizou-se amicacina (15 mg/kg, IV, SID) durante 10 dias, ceftiofur (5 mg/kg, IV, BID) durante sete dias e omeprazol (4 mg/kg, VO, SID) durante todo o período de internação. Para controle álgico, procedeu-se a aplicação de citrato de fentanila (1 µg/kg, BID) e morfina (0,1 mg/kg, BID) durante 10 dias por via epidural. Utilizou-se fenilbutazona (4,4 mg/kg, IV, SID) durante 16 dias, seguida de meloxicam (0,6 mg/kg, VO, SID) durante 32 dias. Além de cetamina (0,3 mg/kg, VO, QID), durante 45 dias, e amitriptilina (1 mg/kg, VO, BID) durante 180 dias. Instituiu-se protocolo de fisioterapia com exercícios terapêuticos que promoviam o alongamento da musculatura cervical, pivô e deslocamento de peso lateral dos membros torácicos e, após 10 dias do procedimento cirúrgico, caminhadas leves três vezes ao dia. Bandagens terapêuticas, segundo o método kinesio taping, eletroacupuntura, moxabustão e massagem para liberação miofascial foram realizadas durante todo o período de tratamento. Após dois meses, a égua teve alta hospitalar e retornou um ano depois para realizar a artrodese no membro contralateral. No retorno, o exame locomotor evidenciou claudicação 4/5 do MTD, sendo que o exame radiográfico revelou acentuada piora da doença articular. Empregou-se a mesma técnica, implantes e protocolo pós-operatório supracitados e após dois meses a paciente teve alta hospitalar. No último contato telefônico realizado, cinco meses após a alta hospitalar, foi relatado que a égua estava confortável, em bom escore de condição corporal e com dois potros confirmados no programa de transferência de embrião da propriedade. A realização deste procedimento de forma bilateral já foi descrita em pôneis e animais jovens, mas no conhecimento dos autores, este é o primeiro relato em equinos adultos.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p199
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article