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- Title
Mau ajustamento neonatal.
- Authors
de Oliveira Almeida, Mariana; Vieira Duma, Juliana; Fernandes Sanchez, Victoria; Ribeiro Cabral Noso, Luciana Doria; dos Santos Oliveira, Brenda Valéria; Troitino Seidner, Júlia; Alves Ferreira, Marília; Salles Brito, Pedro Henrique; Tavares da Cunha, Cibele Cristina; Sampaio Dória, Renata Gebara; Mendonça de Carvalho, Laura; Faggi Veneroni, Felipe
- Abstract
A síndrome do mau ajustamento neonatal está normalmente associada a lesões hipóxicas isquêmicas em potros que passaram por um parto prolongado devido a uma distocia ou separação prematura da placenta. Em potros onde a gestação e o parto transcorreram sem intercorrências ou sem evidências de isquemia cerebral aguda, associa-se o quadro a um desequilíbrio nos esteroides neuroativos sistêmicos e cerebrais, redução retardada nos progestágenos endógenos no final da gestação, levando a um estado dormente como intrauterino, estando correlacionado a uma disfunção no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Um potro Mangalarga Marchador, com 20 horas de vida, 34 kg, foi atendido no hospital veterinário apresentando apatia, incoordenação, head pressing, sem reflexo de sucção, mucosas congestas, hipomotílico, hipertermia e perda de tônus da língua. No ultrassom não foram observadas alterações pulmonares, digestória e umbilical. Na hemogasometria observou-se baixa concentração de bicarbonato, baixa pressão de O2 e reduzido base excess. No exame bioquímico foram observadas alterações no perfil hepático e renal, além de aumento de colesterol e triglicérides. Instituiu-se fluidoterapia para manutenção com solução de ringer com lactato (3 ml/kg/hr), plama hiperimune (1L, SID, por dois dias), ceftiofur (10 mg/kg, BID, IV), amicacina (15 mg/kg, SID, IM), alopurinol (40 mg/kg, uma única administração, PO), finasterida (15 mg, BID, PO), sucralfato (20 mg/kg, BID, PO), maxicam 2% (0,6 mg/kg, SID, IV), nebulização (2 ml ceftiofur, 0,25 ml salbutamol, 0,3 ml de brometo de ipatrópio e 2 ml de solução fisiológica), fenobarbital (2 mg/kg, TID, PO), reposição de bicarbonato e alimentação via sonda nasogástrica com leite ordenhado da mãe (10% do peso vivo em 24 horas; o valor final foi dividido em metade do volume final e fornecido a cada 1h). Além disso, ele foi suplementado com oxigenioterapia (5 l/min). O animal começou a apresentar melhoras com aproximadamente 10 dias de tratamento, permaneceu estável por dois dias, porém no dia seguinte apresentou repetidas convulsões difíceis de serem controladas, teve uma parada respiratória, foram feitas manobras de reanimação, porém veio a óbito. O prognóstico, quando não associado a lesões hipóxicas isquêmicas graves, bem como a problemas renais e hepáticos, e quando associado a cuidados e suporte adequado, tende a ser bom, porém quando associado a repetidos quadros de convulsão torna-se ruim, como observado no relato em questão. Conclui-se que ainda há muito a se entender sobre essa síndrome, bem como os motivos que podem causar seu aparecimento, de forma que se possa ter mais sucesso com o tratamento clínico e aumento da taxa de sobrevida.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2023, Vol 21, p241
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article