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- Title
Laringoplastia modificada em posição quadrupedal em equino.
- Authors
David Spagnolo, Julio; de Fraipont Castañon, João; Hofman Golcman, Daniel; do Val Carneiro Machado, Laura L.; Lopes Correia da Silva, Luis Claudio
- Abstract
O objetivo deste relato é descrever a cricoaritenoidepexia, com abertura e escarificação da articulação cricoaritenóidea, associada à ventriculocordectomia para tratamento de hemiplegia laringeana. Um equino macho, da raça Brasileiro de Hipismo, 4,5 anos, com queixa de ruído respiratório, foi encaminhado ao hospital após diagnóstico de hemiplegia esquerda. Na avaliação endoscópica foi confirmada ausência de movimentação (grau IV) de aritenóide e classificada como grau B na endoscopia dinâmica. Optou-se pela cricoaritenoidepexia e ventriculocordectomia ipsilateral. Com o animal em tronco de contenção, iniciou-se o procedimento anestésico com bolus de cloridrato de xilazina 1 mg/kg/IV e manutenção do plano de sedação, com infusão contínua com dexmedetomidina 0,05 mcg/kg/min, administrando bolus quando necessário. Após preparação asséptica da região, iniciou-se por incisão de pele na altura do ângulo da mandíbula em direção caudal, de aproximadamente 8 cm, ventral e paralelamente à veia linguofacial. Após a dissecção, expôs-se a porção do músculo cricofaríngeo e a porção lateral da cartilagem cricóide. A porção de inserção do músculo cricoaritenoideo dorsal e o processo muscular da cartilagem aritenóide foram evidenciados tracionando a cartilagem tireóide com pinça Backhaus. A inserção do músculo cricoaritenoideo dorsal e a cápsula da articulação cricoaritenóidea foram parcialmente seccionadas, e com auxílio de cureta óssea n° 2 foi realizada a escarificação parcial das superfícies cartilagíneas. Posteriormente, a cricoaritenoidopexia foi realizada com fio de poliéster trançado n° 5 revestido com silicone, sendo a tração para elevação da cartilagem aritenóide videoassistida por laringoscopia. A síntese foi realizada em 3 camadas com fio absorvível sintético 2-0 e a pele com Nylon 0 em padrão contínuo simples. Em seguida foi realizada a laringotomia, para ventriculocordectomia videoassistida. Após acesso da laringe utilizando lâmina de bisturi n° 22, o ventrículo esquerdo foi apreendido e tracionado utilizando pinça Wickstrom 90° e Crile curva, sendo seccionado o tecido com tesoura Mayo; em seguida, a corda vocal foi removida de forma similar. A ferida da laringotomia não foi suturada. O animal recebeu ceftiofur sódico 5 mg/kg/IV/SID por 5 dias e flunixina meglumina 1,1 mg/kg/IV/SID por 3 dias, além de curativo das feridas até a remoção dos pontos e a cicatrização por segunda intenção da laringotomia. O procedimento em estação permitiu bom acesso cirúrgico, sem os riscos inerentes à anestesia geral, além de boa visualização durante a pexia, proporcionada pela videoendoscopia. A abertura e escarificação da articulação cricoaritenóidea não causou reação do paciente durante o procedimento e facilitou a visualização e passagem do fio no processo muscular, permitindo tração e bom grau de abdução da cartilagem aritenóide (grau 2, segundo Dixon) sem dificuldade, além da vantagem de provavelmente acelerar e permitir o processo de anquilose cricoaritenóidea. Não houve complicação no pós-operatório e o grau de abdução da aritenóide foi mantido, observado na endoscopia de controle realizada com 4 semanas no pós-operatório.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2022, Vol 20, p281
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article