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- Title
Estudo retrospectivo sobre os casos de cólica equina no Hospital Veterinário de Grandes Animais da UnB, Brasília-DF.
- Authors
da Conceição, Fábia Fernanda C. B.; Lopes Camara, Antônio Carlos; Morais Fino, Tayná Cardim; dos Santos Pereira, Lidia; de Cassia Campebell, Rita; Bezerra Ximenes, Fábio Henrique; Teixeira Neto, Antônio Raphael
- Abstract
A cólica equina possui natureza complexa e multifatorial, justificando-se estudos epidemiológicos. Objetivou-se caracterizar os principais fatores de risco determinantes para a ocorrência do abdômen agudo. Foram avaliados prontuários de equinos atendidos no HV de Grandes Animais da UnB, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022, cuja queixa principal era desconforto abdominal, mímica de dor e distúrbios metabólicos. Avaliaram-se dados como idade, raça, sexo, órgão acometido, procedimento (clínico ou cirúrgico), desfecho (alta, óbito ou eutanásia do paciente), tempo de internação e estação da ocorrência. Após a compilação, os dados foram distribuídos no Excel® (MS Office) e submetidos à análise de frequência absoluta e relativa. Dos 139 pacientes, os mais acometidos foram SRD (35,9%), Quarto de Milha (20,1%), BH (14,4%), seguido do Mangalarga Marchador (10,8%), em número menor, Crioula, Lusitano, Puro Sangue Inglês e Árabe, Sela Argentina e Francês, Bretã, Mangalarga Paulista, Shire, Paint Horse, Friesian e pônei. Quanto ao sexo, os machos (67,6%) se mostraram mais propensos, provavelmente pelo fato de serem mais utilizados para trabalho e esporte do que as fêmeas (32,4%) e, consequentemente, submetidos em maior grau a fatores predisponentes de cólica. A maioria dos casos foram atendidos no verão (37,4%) e em menor quantidade no outono (21,6%), inverno (20,9%) e primavera (20,1%). Animais entre 13 e 18 meses (31%) foram os mais atendidos, devido ao fato desse período compreender mudanças na vida do animal, como entrada na vida adulta, doma, reprodução e esporte, ajuste na dieta e consequente estresse advindo desses fatores. Potros com idade de até 1 ano apresentaram baixa prevalência (3,6%). Tendo em vista que alguns pacientes atendidos foram encaminhados pela apreensão, 15,8% não tiveram a idade informada. Tratamento cirúrgico (56,1%) foi o mais instituído e 43,9% foram resolvidos com intervenção clínica. Tempo de internação foi maior (56,6%) para os pacientes que passaram por procedimento cirúrgico. A demora no atendimento reduz as chances de recuperação dos animais e contribui para o expressivo número de procedimentos cirúrgicos. No desfecho dos casos, a alta (54,7%) prevaleceu, porém, dos animais operados, 39,7% foram eutanasiados e 10,2% vieram a óbito. O tipo de cólica foi avaliado de acordo com o diagnóstico, presuntivo/definitivo, presentes nas fichas clínicas. As alterações mais frequentes foram observadas nos segmentos de intestino grosso (50%), intestino delgado (18,3%) e estômago (11,4%). Existem vários fatores de risco associados à cólica, onde a duração da doença influencia, distribuição sazonal e causas específicas de distúrbios gastrointestinais, que devem ser considerados componentes essenciais da avaliação clínica inicial de equinos apresentando cólica. Este estudo apresenta dados que podem subsidiar pesquisas epidemiológicas na área, auxiliando na identificação de fatores causais e preditivos para a síndrome cólica.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2023, Vol 21, p55
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article