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- Title
Análise da flutuação de estabelecimentos de alimentos em capital brasileira de 2013-2018.
- Authors
Pinheiro de Freitas, Patrícia; Souza Lopes, Mariana; Vieira de Lima Costa, Bruna; Carvalho de Menezes, Mariana; Constante Jaime, Patrícia; Souza Lopes, Aline Cristine
- Abstract
INTRODUÇÃO As mudanças no ambiente alimentar têm o potencial de afetar o consumo, o estado nutricional e a saúde dos indivíduos, por isso, precisam ser compreendidas. Dessa forma, este estudo objetivou examinar a flutuação de estabelecimentos de alimentos que comercializam frutas e hortaliças (FH) ao longo de um período de cinco anos no território do Programa Academia da Saúde (PAS) segundo a vulnerabilidade do território. METODOLOGIA Foi realizado estudo ecológico longitudinal com dados de auditoria do ambiente alimentar de uma amostra representativa do PAS (n=18) de Belo Horizonte, Minas Gerais. Todos os estabelecimentos de alimentos e feiras livres que comercializavam FH contidos em um buffer de 1600m de cada uma das unidades do PAS amostradas foram auditados. A coleta de dados ocorreu em 2013 e em 2018. Os estabelecimentos foram classificados como supermercados; sacolões e feiras livres; e estabelecimentos locais. Para caracterizar a flutuação, os estabelecimentos comerciais foram categorizados como: estáveis, fechados ou novos. A vulnerabilidade do território foi avaliada pelo índice de vulnerabilidade à saúde (IVS) que combina variáveis socioeconômicas e de saneamento usando a escala de análise do setor censitário. O IVS foi categorizado em: baixo, médio e alto. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE: 0339.0.203.000-09; 0339.0.203.000- 09A). RESULTADOS Em 2013 foram auditadas 298 lojas e em 2018 foram 265. Após 5 anos, 35,2% dos estabelecimentos permaneceram estáveis, 154 (32,3%) foram fechados e 155 (32,5%) novos estabelecimentos foram abertos. A estabilidade foi maior nos territórios com baixa vulnerabilidade (baixa vulnerabilidade: 45,9%; média vulnerabilidade: 31,2% e alta vulnerabilidade: 32,3%). A oscilação diferiu por tipo de estabelecimento apenas nos territórios com elevada vulnerabilidade, onde os estabelecimentos locais apresentaram maior estabilidade (52,2%), quando comparadas aos sacolões e feiras livres (22,9%). Todos os supermercados fechados não foram substituídos por novas lojas. Isso também foi verdade para estabelecimentos locais em áreas com IVS médio e alto. Os sacolões efeiras livres tiveram maior taxa de reposição nas regiões baixo IVS quando comparado aos demais territórios. CONCLUSÕES A flutuação do ambiente alimentar foi alta, mas com razoável estabilidade no número total de estabelecimentos. As diferenças na flutuação identificadas de acordo com a vulnerabilidade do território evidenciam a importância de que as políticas de abastecimento de alimentos considerem as características locais visando reduzir as iniquidades.
- Publication
Revista da Associação Brasileira de Nutrição, 2022, Vol 13, Issue 2, p1265
- ISSN
1983-3164
- Publication type
Article