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- Title
Artrodese interfalangeana proximal com utilização de parafusos corticais em posição quadrupedal.
- Authors
David Spagnolo, Julio; Pereira Soares, Jessie; Silva Macedo, Jeovan; Alexandre, Mauricio; do Valle de Zoppa, Andre Luis; Lopes Correia da Silva, Luis Claudio
- Abstract
O objetivo deste relato é descrever abordagem minimamente invasiva, utilizando três parafusos corticais, na realização de artrodese interfalangeana proximal (IFP) em equino mantido em posição quadrupedal. Foi atendida uma égua, sem raça definida, de 12 anos, utilizada anteriormente para salto, com histórico de claudicação do membro torácico direito (MTD) havia 8 meses. Durante avaliação, observou-se claudicação grau 4/5, com resposta positiva ao bloqueio perineural dos quatro pontos baixos. No exame radiográfico foi diagnosticada doença degenerativa avançada da articulação IFP e indicada artrodese. Após jejum alimentar de 12h, antibioticoprofilaxia com cloridrato de amicacina, tricotomia e limpeza do MTD, o animal foi mantido em posição quadrupedal na sala de indução/recuperação anestésica. Iniciou-se o protocolo anestésico 10 minutos antes do procedimento cirúrgico, com infusão contínua intravenosa de dexmedetomidina 1,7 µg/kg/h e tartarato de butorfanol 10 µg/kg/h, mantido até o término do procedimento cirúrgico. O membro foi preparado por meio de antissepsia com clorexidina degermante e alcóolica e isolado com bandagem estéril, e outros três campos estéreis descartáveis foram posicionados abrangendo a região peitoral, o membro contralateral e o casco ipsilateral. Após bloqueio dos quatro pontos baixos com ropivacaina, os pontos de inserção dos parafusos foram referendados com agulhas e checados quanto à posição com exame raiográfico. Três incisões longitudinais de aproximadamente 1 cm foram realizadas nos pontos demarcados previamente com agulhas, sendo uma axial e as outras duas abaxias medial e lateral, abrangendo pele e tecidos moles. O guia de broca e broca 3,2 mm, acoplada à perfuradora, foram posicionados ajustando o ângulo para perfuração transarticular da IFP. Os parafusos, de comprimento adequado, foram inseridos em posição neutra, iniciando pelo parafuso axial, seguido do parafuso medial e do lateral. As feridas foram ocluídas em única camada, com pontos interrompidos simples utilizando mononylon 0. No período pós-operatório foi administrado cloridrato de amicacina 15 mg/kg/IV/SID e fenilbutazona 4,4 mg/kg/IV/SID por mais quatro dias. O curativo e bandagem foram trocados a cada 48 horas até a remoção dos pontos, com 14 dias, período em que o animal estava na propriedade. Com seis meses de pós-operatório, o animal apresentava claudicação grau 1/5 e resolução completa da claudicação com um ano. Com o resultado obtido neste relato, corroborando a literatura, a técnica de artrodese de IFP utilizando três parafusos em posição neutra, sem curetagem da superfície articular e com o paciente em estação, é bem indicada nos casos de doença degenerativa avançada da IFP onde há mínima mobilidade articular, em que o objetivo é dar qualidade de vida ao animal e possibilidade de uso reprodutivo. Há ainda a vantagem de pouco tempo de internação, sem o uso de imobilização rígida no pós-operatório e diminuição dos custos com implantes e anestesia.
- Publication
Revista Academica Ciencia Animal, 2023, Vol 21, p161
- ISSN
2596-2868
- Publication type
Article