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- Title
ASSOCIAÇÃO ENTRE COLONIZAÇÃO INTESTINAL E OCORRÊNCIA DE INFECÇÕES INVASIVAS EM UMA UTIN MINEIRA.
- Authors
de JESUS, Thiago Alves; FERREIRA, Isadora Caixeta da Silveira; MACHADO, Izabella Clara de Brito; COSTA, Aline Diulia; LOPES, Mallu Santos Mendonça; MENEZES, Ralciane de Paula; RÖDER, Denise Von Dolinger de Brito
- Abstract
Introdução: As infecções ainda constituem um dos principais problemas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs), por impactarem na morbimortalidade dos neonatos nelas internados. Nesse sentido, pacientes colonizados favorecem a disseminação de microrganismos em ambiente hospitalar, atuando como reservatórios. Além disso, alguns estudos com adultos evidenciam que a colonização potencializa o risco de infecções, especialmente em pacientes críticos.C ontudo, poucas análises correlacionaram colonizações e infecções em recém-nascidos. Assim, o rastreamento de microrganismos por meio de swabs retais mostra- se uma possível ferramenta de controle em UTINs. Objetivo: avaliar o impacto da colonização intestinal nas infecções em uma UTIN mineira. Método: Estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, com dados recuperados a partir prontuários eletrônicos dos neonatos admitidos na UTIN do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021. Foram analisados os resultados das análises microbiológicas de swabs retais,s angue, líquido cefalorraquidiano, urina e secreção ocular, coletados pela equipe médica da unidade. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFU. Resultados: Dos 21 neonatos colonizados, 5/23,81% tiveram algum episódio infeccioso ocasionado pela mesma espécie do microrganismo colonizador. O tempo médio entre a detecção da colonização intestinal e a infecção foi 18,33 dias. Todos os seis episódios de infecção posteriores à colonização tiveram bactérias Gram-negativas como agentes etiológicos, sendo dois episódios (33,33%) por Enterobacter cloacae, dois (33,33%) por Klebsiella pneumoniae, um (16,67%) por Klebsiella aerogenes e um (16,67%) por Acinetobacter baumannii. Os sítios acometidos foram: sangue (2/33,33%), urina (2/33,33%), líquor (1/16,67%) e secreção ocular (1/16,67%). Cinco (83,33%) infecções foram causadas por bactérias resistentes a três ou mais antimicrobianos, sendo uma delas por Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenêmicos (1/20,00%). Não houve óbito entre os neonatos estudados. Conclusão: A colonização intestinal pode ser um fator de risco para infecções, sobretudo, de corrente sanguínea e urinárias. Ademais, a colonização pode contribuir com a ocorrência de infecções por microrganismos multirresistentes, especialmente da família Enterobacteriaceae. Portanto, a detecção precoce de microrganismos colonizadores pode direcionar medidas de controle e prevenção de infecções em UTINs.
- Publication
Evidência, 2022, Vol 22, Issue 2, p275
- ISSN
2236-6059
- Publication type
Article